Peixe Betta - criação em cativeiro

A criação de peixes Betta é uma atividade simples, podendo ser realizada em pequenos lugares com um baixo custo e com uma boa lucratividade


PEIXES BETTA
O peixe Betta, um dos mais encantadores do mundo, é dotado de extrema beleza, variedade de cores e formas
peixe Betta, um dos mais encantadores do mundo, é dotado de extrema beleza, variedade de cores e formas. Dificilmente alguma pessoa não se encantaria com tamanha formosura. O peixe Betta, também conhecido como "peixe de briga", tem sua origem no continente asiático (Tailândia, Indonésia, Vietnã, China e outros).

Inacreditavelmente, os peixes Betta possuem como habitat natural as regiões alagadiças, com águas estagnadas e pobres em oxigênio, como brejos, pântanos e campos de plantação de arroz. Toda essa rusticidade, por sua vez, torna esses peixes adaptados a condições que seriam extremamente indesejáveis para outras espécies. São peixes territorialistas e muito violentos se colocados com outros machos da mesma espécie.

Atualmente, podemos encontrar várias linhagens comerciais em casas especializadas. Estas variedades são o resultado de uma longa seleção feita por criadores e, na maioria das vezes, visando a produção de peixes com características fenotípicas desejáveis, como belas nadadeiras e corpo colorido com reflexos metálicos e iridescentes.

Betta splendens é  a espécie mais comum dentro do gênero Betta. As linhagens são diferenciadas pela coloração, podendo ser vermelhas, amarelas, pretas e em três tonalidades de azul: metálico, royal e esverdeado, e pelo formato das nadadeiras, que podem ser de cauda redonda, cauda-de-véu, cauda-dupla, cauda super delta, crowntail e halfmoon. No entanto, os peixes Betta não são adquiridos apenas como um instrumento ornamental para os mais diversos ambientes. Atualmente, aqui mesmo no Brasil, os peixes Betta vêm sendo utilizados como controle biológico de mosquitos, como os das espécies Aedes aegypti, no Ceará, e o da Culex quinquefasciatus em Pernambuco.
PEIXES BETTA
As linhagens são diferenciadas pela coloração e pelo formato das nadadeiras
A criação de Bettas é uma atividade simples, podendo ser realizada em pequenos lugares com um baixo custo e com uma boa lucratividade. O emprego de novas tecnologias nas áreas de reprodução, genética e nutrição associado à sua rusticidade e alta prolificidade fazem com que o número de criadores aumente a cada ano. Neste sentido, a criação de Bettas deve ser encarada de maneira profissional, visando sempre a obtenção de melhores índices zootécnicos e maiores rentabilidades.

Criação em cativeiro
Em cativeiro não é necessário forma alguma de suplementação de oxigênio, já que a espécie adaptou-se a condições extremas e rústicas em seu habitat natural. É extremamente resistente a mudanças bruscas na temperatura da água, mas a temperatura ideal é em torno de 27,5 ºC. O pH ideal deve estar entre 6,8 e 7,2 e, por ser o Betta originário de água de baixa dureza, os valores de 10 a 12 dH são considerados ideais.

Alimentação 
O Betta é um peixe carnívoro. Aceita desde alimentos vivos, como artêmias, dáfnias, larvas de mosquito, enquitreia e larvas de drosófila, até alimentos in natura ou processados, como carne ou coração raspado, camarão, patês e outros alimentos. Atualmente, utilizam-se diversos tipos e formas de alimentos na criação de peixes ornamentais, que podem ser em conserva, congelados, em forma de ração balanceada dentre outros, mas o alimento vivo vem sempre mostrando maior eficácia. Qualquer sobra de comida deve ser evitada, pois ela apodrece na água, favorecendo, assim, uma queda de imunidade dos peixes e deixando-os susceptíveis à infecção por patógenos oportunistas. Por possuírem a boca voltada para cima, percebe-se que esses peixes tendem a se alimentar com maior facilidade na superfície da água, sendo que os alimentos que flutuam têm uma boa aceitabilidade por eles. Nos primeiros dias de vida, a alimentação deve ser feita várias vezes ao dia e com o cardápio variado. Infusórios, artêmias recém eclodidas, microvermes e gema de ovo são os principais alimentos nessa fase. Muito cuidado com a ração comercial. Ela não poderá, de forma alguma, ser a única alimentação a ser fornecida. Os alimentos citados anteriormente, como os in natura e os alimentos vivos, estimulam o apetite dos peixes, fazendo com que eles cresçam rapidamente e bem saudáveis. Em qualquer fase da criação, a alimentação variada e de boa qualidade é de fundamental importância para o bom desenvolvimento dos Bettas, porém deve-se ter o cuidado com a superalimentação.
PEIXES BETTA
O fundo e a parede de trás pintados de preto tem o objetivo de evitar o estresse durante a reprodução e facilitar a coleta dos ovos
Reprodução 
Uma característica interessante dessa espécie é a sua precocidade sexual. Exemplares de três meses, se bem alimentados, ou seja, três vezes ao dia, estão aptos à reprodução. Após três meses e meio de vida, as fêmeas estão aptas à reprodução, apresentando melhor desempenho reprodutivo daquelas que foram as alimentadas duas vezes ao dia. O tamanho do aquário geralmente varia de 10 a 30 litros. Para facilitar o manejo e a manutenção, os menores são mais recomendados. O fundo e a parede de trás pintados de preto tem o objetivo de evitar o estresse durante a reprodução e facilitar a coleta dos ovos quando eles caem no fundo. Para seguir uma determinada linhagem, deve-se procurar um casal parecido (nas características de cores, caudas, formato do corpo, agressividade), mas se a intenção é ousar ou reproduzir somente de forma doméstica, pode-se escolher aleatoriamente. Ambos devem ser ativos, agressivos, apresentarem cores vivas e responderem prontamente quando lhes são oferecidos alimentos.

Doenças causadas por fungos
Sob condições ambientais favoráveis, os peixes são resistentes à maioria dos patógenos, porém, quando submetidos a condições estressantes, essa resistência é quebrada. Após sofrer algum estresse, o sistema imune do peixe fica suprimido, levando a uma queda de resistência, o que favorece a proliferação de patógenos oportunistas, como bactérias, fungos, protozoários e vírus, resultando em doenças e mortalidade. Os primeiros sinais de doenças são geralmente inespecíficos. A falta de apetite, a perda de coloração e o encolhimento das nadadeiras estão presentes em praticamente todas as enfermidades que acometem o peixe Betta. Algumas doenças são mais frequentes, ocorrendo mais na época de inverno, quando a temperatura da água dos aquários chega a ser inferior a 15ºC.

- Ictio (Ichthyophthirius multifiliis) - Trata-se de um protozoário ciliado histófago que se alimenta de células epiteliais e de glóbulos vermelhos. Normalmente, parasitam a pele, as nadadeiras e brânquias, porém, eventualmente, está presente na córnea, na boca e no epitélio do esôfago. É considerado como um dos mais frequentes e patogênicos para os peixes, determinando altas taxas de mortalidade. Os peixes contaminados apresentam perda de apetite e ficam inquietos, raspando seu corpo no fundo e no vidro do aquário. Suas nadadeiras ficam encolhidas, e pequenos pontos brancos são observados nas nadadeiras e na pele. Essa doença é conhecida popularmente como doença dos pontos brancos.

- Oodinium (Oodinium ocelatum) - é um protozoário, flagelado, com ciclo semelhante ao do íctio, podendo se encistar no substrato. Possui um caráter explosivo nos aquários, acometendo geralmente todos os peixes e levando a uma obstrução das brânquias e danos nas nadadeiras. Os peixes contaminados apresentam perda de apetite, dificuldades respiratórias, nadadeiras fechadas raspando no vidro do aquário e fundo. Os peixes ficam recobertos por uma fina malha de minúsculos pontos brancos, como se estivessem encobertos em talco, dando a impressão de um veludo. Popularmente é conhecida como doença do veludo. É uma das doenças mais devastadoras dos alevinos de Betta, devendo o criador ficar atento aos primeiros sintomas para iniciar, o mais rápido possível, os tratamentos necessários.

- Saprolegniose (Saprolegnia sp) - é identificada por seu crescimento micelial branco ou cinza claro com aspecto semelhante a algodão. Pode estar presente nos ovos, brânquias, boca e no tecido epitelial dos peixes, geralmente após alguma lesão anterior. Popularmente é chamada de doença do chumaço de algodão, pois as hifas desses fungos crescem de tal maneira para fora do corpo do peixe que parecem amontoados de algodão. Na criação de Bettas, a incidência dessa doença é relativamente alta, principalmente no período de reprodução. Algumas fêmeas que, durante o acasalamento sofreram algum tipo de lesão causada pelo macho podem desenvolver a saprolegniose. Seus ovos também podem ser acometidos; como prevenção, alguns criadores utilizam antifúngicos na água de reprodução.
PEIXES BETTA
Para seguir uma determinada linhagem, deve-se procurar um casal parecido
Doenças bacterianas
Alguns sintomas, como exoftalmia, hidrópsia, nadadeiras necrosadas, lesões ulcerativas e hemorrágicas nos peixes, sugerem que este foi acometido por uma bacteriose.

- Exoftalmia ( Pop-eye ) -  A exoftalmia ocorre geralmente em peixes que habitam águas com baixa qualidade e sem controle de temperatura. Pode ser decorrente de algum trauma, podendo estar associado a outros sinais clínicos, como a hidrópsia. Os olhos apresentam-se inchados e com o aspecto fosco. É considerada uma afecção de fácil tratamento, e esse ocorre por meio de trocas parciais da água e utilização de antibióticos como a tetraciclina. Quando diagnosticado tardiamente, o peixe pode perder o olho afetado.

- Hidropsia - A hidropsia ocorre quando há retenção de líquidos na cavidade celomática, músculos e pele dos peixes, podendo levar à paralisia dos órgãos afetados. O peixe não consegue eliminar água de seu organismo e fica com o ventre abaulado e com as escamas eriçadas. É uma das enfermidades mais temidas pelos aquaristas por ser de difícil tratamento.
- Necrose das nadadeiras - A necrose das nadadeiras ocorre na sua maioria em peixes jovens submetidos a situações estressantes, como variações de temperatura, excesso de amônia e matéria orgânica na água. As nadadeiras ficam esbranquiçadas e se desfazem. Quando diagnosticada e tratada precocemente com antibióticos, seu prognóstico é bom, podendo ocorrer reconstituição das nadadeiras afetadas.

- Constipação - A constipação intestinal não é provocada por nenhum tipo de parasita, fungo ou bactéria, é o resultado de uma alimentação de má qualidade, em especial quando se utilizam rações peletizadas com baixos níveis de proteína e de consistência muito dura. O uso rotineiro desse tipo de ração faz com que haja um acúmulo no trato digestivo do animal, impedindo sua defecação. Após aproximadamente meses de utilização desse alimento, a cavidade celomática do peixe fica abaulada, ocorrendo a morte em poucos dias. Rações de boa qualidade nutricional e variações na alimentação diária (utilização de alimentos vivos frescos) podem evitar que essa afecção se instale.


Por Silvana Teixeira



Engenharia de um Skimmer

Engenharia de um Skimmer


O Skimmer por Scott Brang
Texto original:http://kb.marinedepot.com/article.aspx?id=10918


Fracionamento de proteína, mais conhecido como Skimmer, na indústria do aquário já existe há muitos anos. Skimmers são uma das principais peças dos equipamentos que trouxeram sucesso a longo prazo para os aquaristas marinhos. Isso não quer dizer que skimmers são essenciais; aquários de recife muitas vezes funcionam muito bem sem um.

O objetivo principal de um skimmer é remover compostos orgânicos de um aquário antes de se transformarem em fosfatos e nitratos. Eles também têm um efeito benéfico: a aeração do aquário. Fosfatos e nitratos excessivos diminuem a qualidade da água, e provocam o crescimento de algas e contribui para problemas de saúde em peixes e corais. O skimmer ajuda a manter um ambiente saudável para o aquário por travar o ciclo do nitrogênio e fósforo, além de eliminarem as toxinas liberadas por corais e outros organismos. A Transparência da água é melhorada, também, uma vez que os compostos que causam a turbidez da água são removidos.

Antes de chegarmos em qual skimmer é ideal para você, vamos olhar primeiro para a ciência por trás dos fracionadores proteínas.

Um skimmer típico consiste de um cilindro cheio de água, que é injetada com bolhas. As bolhas "agarraram" os resíduos e transportam-o para cima em um copo de coleta. Você, então, simplesmente elimina o que está no copo de coleta.

Não é muito complicado, né? Não, inicialmente.
Vamos ter uma visão mais profunda do mecanismo que as bolhas usam para capturar os resíduos orgânicos do aquário.

A maioria dos resíduos em um aquario de recife são amfifáticas ou anfifílicos. Isso significa que uma parte da molécula é hidrofílica (gosta de água) e outra parte é hidrofóbica (não gosta de água). Esta característica conduz a procurar uma molécula de água / ar. 
Isso afeta as moléculas hidrofóbicas, como o óleo, também.

O Skimmer leva vantagem desta interface ar / água para extrair compostos orgânicos. Infelizmente, a área em um aquário é pequeno comparado ao volume do tanque. Para aumentar a área de superfície e eficiência, Skimmers injetam pequenas bolhas dentro da câmara do reator. Bolhas menores funcionam melhor (ver tabela incluída, "The Science of Bubbles"), embora se a bolha é muito pequena , pode não conseguir subir no copo de coleta.

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DIAMETRO DA BOLHA:*************1 cm*************************0,5 cm 



VOLUME:***********************   0,52333***********************0,06542 
( 4/3 x 3.1416 x r³ ) 


Nº BOLHAS POR 1 LITRO / AR:***1000/0,52333 = aprox.1910***1000/0,06542 = aprox.15286 
( 1 litro = 1000 CM³ ) 



SUPERFICIE DE CONTATO:*******   3,14 cm² por bolha********** 0,785 cm²por bolha 
( 4 x 3,1416 x r² ) 



TOTAL DA SUPERFICIE DE CONTATO:**1910×3,14 = 6000 cm²>**15286×0,785 = 12000 cm²
( nº de bolhas x sup. de contato) 

Ou seja, se diminuir-mos o diâmetro da bolha pela metade, dobramos a superfície de contato, dobrando a eficiência do skimmer.

A materia organica, não consegue furar as bolhas devido à tensão superficial. Incapaz de mover-se da bolha, a molécula sobe na câmara para o copo de coleta. As bolhas sobem no interior da câmara do reator, eles se combinam em espuma e a maior parte da água é drenada para for a do skimmer voltando para o aquário.


Existem vários tipos de skimmers diferentes para escolher, eles geralmente são classificadas pela forma de introduzir ar na água.

Pedra Porosa

Os primeiros skimmers usavam pedra porosa e um compressor para injetar ar. Este método é usado ainda hoje, em sistemas menores. Eles são baratos, só precisa de uma bomba de ar para funcionar e têm um design simples e compacto. O projeto tem suas desvantagens: a "pedra" na maioria dos casos é, na verdade madeira e terá de ser substituído a cada duas semanas para manter o tamanho da bolha e densidade. Pedras porosas também não são suficientemente eficazes para os sistemas maiores.

Venturi

Este método de injeção de ar usa uma bomba (interna ou externa) para movimentar a água através de um venturi, que puxa o ar para o skimmer. Este tipo de skimmer produz um maior volume de ar.

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Spray Injection

Este método de injeção de ar é patenteado pela AquaC. AquaC usar um bocal especial para dirigir um spray de água no corpo skimmer. Esta eficientemente cria uma grande quantidade de bolhas em um pequeno espaço.

Roda de Agulhas(Needle-wheel)

As rodas de agulhas são atualmente a mais popular forma de introduzir ar em um skimmer. Este método substitui o impeller original da bomba destinada a “triturar” as bolhas de ar. O venturi é freqüentemente usada para trazer ar para a bomba.

A popularidade das rodas de agulhas aumentou dramaticamente nos últimos dois anos. Muitos fabricantes já utilizam esta tecnologia em seus próprios projetos. Deltec usa rodas de agulha em uma bomba de recirculação em sua série AP. Isso aumenta o tempo de contato entre o ar e a água, permitindo que uma maior quantidade de materias orgânicas sejam removidas. Outra empresa que utiliza a roda de agulha é Warner Marine com seus skimmers cônicos. Warner Marine combina uma placa de espuma e um corpo em forma de cone para reduzir a turbulência da água e concentrar a matéria orgânicos para o copo de coleta.

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Local, Local, Local


O tipo desempenha um grande papel em que modelo de skimmer escolher. Existem três tipos básicos: interno, externo e hang-on-back (HOB) ou hang-on-tank (HOT). Como o nome indica, um skimmer interno precisa ser colocado dentro do sump para funcionar corretamente. Um skimmer externo pode ser colocado fora do sump, deixando mais espaço no sump para outros equipamentos. Um skimmer HOB deve ser pendurado na borda do aquário e é ótimo para tanques pequenos que não tem sump.

Que tipo de Skimmer é o melhor?

Há muitas coisas a considerar ao escolher um skimmer para o seu aquário. Todo skimmer vem com uma avaliação, geralmente em galões ou litros de volume total do sistema. Estas avaliações são apenas uma regra geral. Se você tem um aquário de 100 litros com um grande número de peixes, que seria melhor escolher uma skimmer projetado para uns 150 litros. É sempre melhor superdimensionar o skimmer. Olhe para o seu skimmer como um investimento. O custo da adaptação, mais tarde, será certamente mais do que comprar um modelo de classificação superior desde o início. Obviamente, o preço será um enorme fator determinante na avaliação de qual skimmer comprar. Skimmers variam de extremamente acessível a extremamente caro. Mais uma vez, olhe para o seu skimmer como um investimento. Muitas vezes os modelos de maior capacidade vai fazer com que vc economize tempo, dinheiro e dores de cabeça futuras.

Coisas que devem ser lembradas

A primeira pergunta que a maioria dos aquaristas inexperientes fazem é "porque não está funcionando" Um skimmer novo levará vários dias ou semana para começar a retirar sujeira. Há, por vezes, óleos e resíduos que tenham ficado de fabricação que também inibem o processo de funcionamento. Também após limpar seu skimmer, muitas vezes, a cada dois ou três dias. O Skimmer limpo, apresenta melhor desempenho. Durante a limpeza, use um pano de algodão macio para evitar riscar o plástico ou acrílico. Arranhões também podem reduzir o desempenho.

Última pergunta: Espuma molhada, ou espuma seca?

É melhor retirar uma espuma mais úmida, resíduos diluídos ou espuma escura, mais seca? Este debate é como a Coca-Cola x Pepsi do mundo do aquarismo.

Espuma úmida, tem ligeiramente mais resíduos organicos do que a espuma seca, com isso teremos uma menor quantidade da materia organica diluída na água do aquario. Por outro lado, a espuma seca parece realmente impressionante e você pode se gabar de seu skimmer com os amigos, sobre como ele é incrível.

Anémonas e Corais

ANÉMONAS E CORAIS





Anémonas e Corais

Phylum Cnidaria - cnidários (anémonas, medusas, corais)
Classe Anthozoa - anémonas, corais, gorgónias

O que são corais? Os corais são invertebrados marinhos, pertencentes à mesma classe que as anémonas e com uma estrutura semelhante a estas. Distribuem-se pelos oceanos de todo o mundo, podendo ser solitários ou coloniais.

Os coloniais são os únicos corais que constroem recifes. Cada colónia é constituída por milhões de pequenos pólipos de coral, em que cada um segrega um fino esqueleto de carbonato de cálcio à sua volta. 

O resultado é uma estrutura maciça de carbonato de cálcio, resultante da sobreposição dos esqueletos das sucessivas gerações de pólipos. Os pólipos são semelhantes a anémonas minúsculas e, tal como estas, possuem tentáculos armados de nematocistos, que usam para se defenderem e alimentarem. 

Podem reproduzir-se assexuadamente, contribuindo para o aumento do tamanho e para a continuidade da colónia, ou sexuadamente, dando origem a novas colónias.

Recifes de coral
Os recifes de coral são, provavelmente, as comunidades bentónicas mais ricas e complexas dos oceanos. 

Formaram-se ao longo de milhões de anos, a partir da deposição do carbonato de cálcio proveniente dos esqueletos de corais, e estão entre as comunidades marinhas mais antigas que se conhece - a sua história remonta há 500 milhões de anos atrás.

Em termos de biodiversidade, só são ultrapassados pelas florestas tropicais húmidas em terra - estima-se que um único recife de coral pode albergar, pelo menos, 3.000 espécies de animais. 

Apesar de ocuparem menos de um por cento da área total dos oceanos, 25 por cento de todas as espécies de peixes existentes só se encontram nos recifes de coral! 

Aqui, também se encontram representados quase todos os filos e classes conhecidos. A abundância de vida e o grande número de espécies, devem-se às condições únicas de protecção e alimento que os recifes lhes proporcionam.

DistribuiçãoA distribuição dos recifes de coral está directamente relacionada com a temperatura, intensidade luminosa, profundidade, nutrientes em suspensão e correntes. 

As condições favoráveis ao crescimento dos corais que constroem recifes, limitam-se às latitudes entre 30º norte e 30º sul - mesmo aqui, existem excepções.

TemperaturaOs maiores recifes de coral encontram-se em regiões onde a temperatura varia entre os 25ºC e os 30ºC e raramente desce abaixo dos 20ºC.

Por este motivo, são raros os recifes nas costas oeste de África e da América do Sul, onde o upwelling costeiro é responsável pelo arrefecimento da água.

Intensidade luminosa e profundidade
Muitos corais vivem em simbiose com algas microscópicas presentes nos seus tecidos e, por isso, a intensidade luminosa é um factor determinante para a sua distribuição. 

A maior parte das espécies de corais encontram-se em águas límpidas até aos 30 m de profundidade. A partir daqui o seu número vai diminuindo, desaparecendo quase totalmente aos 100 m. 

Nutrientes em suspensãoOs recifes de coral desenvolvem-se melhor em águas pobres em nutrientes, pois estas são mais límpidas e permitem a melhor penetração da luz. Por outro lado, estas condições não favorecem o crescimento de macroalgas, que poderiam competir com os corais pelo espaço e luz. 

Alguns nutrientes, como os fosfatos, são particularmente nocivos para estes organismos, pois impedem a formação do seu esqueleto. Os nutrientes em suspensão são de tal modo importantes, que nas zonas tropicais da costa Este da América do Sul influenciadas por grandes rios como o Amazonas e Orinoco, não há recifes de coral.

Correntes 
A circulação da água é importante para funções vitais dos corais, como a alimentação, respiração e formação do esqueleto. 

Contudo, a resistência às correntes e ao impacto das ondas varia de espécie para espécie. Nas faces expostas dos recifes, encontramos corais mais robustos e cuja forma dissipa a energia das correntes. Os corais mais frágeis, povoam lagoas e outros locais resguardados.

Tipos de recifes de coral. 
Os recifes de coral podem ser continentais ou oceânicos. Os primeiros crescem nas margens continentais, enquanto os segundos surgem em pleno oceano, geralmente associados a montanhas submarinas. 

Dentro destas duas classes, existem três tipos de recifes: em franja, de barreira ou atóis (ver Oceano Pacífico). A maior barreira de coral é a Grande Barreira de Coral (Oceano Pacífico).

Corais e zooxantelas
Os corais responsáveis pela formação dos recifes vivem em simbiose com microalgas, presentes nos seus tecidos e denominadas zooxantelas. Esta relação é benéfica para ambos os organismos. 

Os corais obtêm substâncias nutritivas produzidas pelas zooxantelas, que também contribuem para a deposição de carbonato de cálcio no seu esqueleto. Os pigmentos coloridos das algas fornecem, também, protecção contra os raios ultra-violeta!

As algas obtêm protecção e utilizam produtos de excreção (dióxido de carbono, amónia, nitratos, fosfatos) dos seus hospedeiros, para realizarem fotossíntese e outros processos metabólicos. 

Desta forma, as zooxantelas são importantes para o crescimento dos recifes de coral, pois são responsáveis pela nutrição, remoção de sub-produtos do metabolismo e pela formação dos esqueletos dos corais. 

Assim, a luz torna-se um factor extremamente essencial à sobrevivência e crescimento destes corais.Comparativamente, os corais que possuem zooxantelas crescem mais depressa do que os que não as possuem.

Alimentação
De uma maneira geral, os corais podem alimentar-se de matéria orgânica dissolvida na água, microorganismos e plâncton. Este último caso observa-se em espécies com pólipos de grandes dimensões e, principalmente, nas que não têm zooxantelas.

Em defesa do seu territórioApesar de não se deslocarem, os corais desenvolveram mecanismos eficazes de defesa e de competição pelo espaço. Para se defenderem de agressores, incluindo outros corais, libertam substâncias tóxicas para água ou utilizam os nematocistos. 

A competição pelo espaço depende em grande parte da velocidade a que o coral cresce - quanto mais depressa crescer, mais sucesso poderá ter na conquista de espaço.

Corais-cérebroLobophylia sp. de Blainville, 1830
Família Mussidae Ortmann, 1890
Os pólipos destes corais crescem ao longo de sulcos, em forma de circunvalações, que se assemelham às de um cérebro. Povoam as zonas protegidas dos recifes e lagoas.

Corais-cérebro-abertos
Trachyphyllia sp
Família Trachyphylliidae Verrill, 1901
Estes corais vivem nos fundos de areia que rodeiam os recifes de coral costeiros. Aqui, a sua capacidade de se elevarem acima do substrato enchendo-se de água do mar, evita que fiquem cobertos pela areia.

Corais-bolha
Plerogyra sp. Edwards & Haime, 1848
Família Caryophylliidae Gray, 1847 
Estes corais possuem vesículas em forma de bolhas, que podem atingir dimensões consideráveis. Estas bolhas não são pólipos, mas sim tentáculos modificados, que se expandem durante o dia, para aproveitarem o máximo de luz. 

À noite, as vesículas retraem-se e os pólipos expõem os tentáculos para se alimentarem. Desenvolvem-se em locais protegidos e com correntes fracas, onde as suas vesículas se possam expandir em segurança. 

Família Stichodactylidae - anémonas-tapeteAnémona-tapete
Stichodactyla mertensii Brandt, 1835
Esta grande anémona das águas tropicais límpidas do Indo-Pacífico, vive em recifes de coral. A sua coloração esverdeada deve-se a algas microscópicas (zooxantelas) que vivem nos seus tecidos. 

Nesta simbiose, as algas beneficiam de protecção, enquanto a anémona obtém parte das substâncias nutritivas que estas produzem. A anémona-tapete também oferece protecção a várias espécies de peixes-palhaço (por exemplo, Amphiprion ocellaris), que são imunes ao veneno dos seus tentáculos. 
É a maior anémona da sua família, podendo alcançar 1 m de largura.

Fonte:
Oceanário de Lisboa


CO2 usando Gelatina

Esta é mais um opção à receita tradicional para geração de CO2 para injeção nos aquários plantados. O método com gelatina funcionou por mais de 30 dias (35) em minha casa, após ler este artigo se houverem dúvidas ou considerações por favor leia este tópico onde ocorre toda a discussão e onde existem mais detalhes, inclusive de outras pessoas que estão usando este método.

Primeira Parte
A gelatina...

Material necessário:
  • 1 garrafa tipo PET de 2L (Coca, Fanta, Guaraná... pra quem não sabe) bem lavada.
  • 4 pacotes de gelatina comun, do sabor que vc quiser.
  • 1 copo americano de açuçar, + - 200gr
  • 1 colher de café de bicarbonato de sódio

Prepara-se a gelatina conforme a embalagem e ainda morno acrescenta o copo de açúcar e o bicarbonato para dissolver.




Coloca a mistura na garrafa e mete na geladeira até endurecer a gelatina, isso rende pouco mais de 2L. Não use tudo, deixa a área superior livre o suficiente para acrescentar a segunda parte da receita.


Depois de solidificada a gelatina tira-se da geladeira e deixa ficar a temperatura ambiente.


Segunda Parte

Iniciando a fermentação...
  • 1 colher de café de fermento biológico desidratado (aquele em sachê)
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 copo americano de açucar.
  • Água morna, prepare 1L, mas vc vai usar menos.
ATENÇÃO 1: Quando se diz morna, é morma mesmo, se for quente você mata o fermento e adeus receita.
ATENÇÃO 2: Essa mistura gera espuma, então de forma alguma você deve encher a garrafa completamente, sob o risco da mistura ir parar dentro do seu aquário.

Dissolva o açucar o fermento e o bicarbonato em um POUCO de água morna, acrescente na garrafa e veja o nível, deve ficar uma área livre no topo para conter a espuma que se formará, cerca de 7cm está ótimo.




Complete com água morna, rosqueie a tampa e coloque no lugar definitivo, pouco tempo e já começa a produção.



Meus comentários: 

A minha garrafa foi preparada dia 06/10/2006 
Dia 12/11/2006, última vez que olhei a garrafa, a produção estava intensa, mesmo depois de 35 dias, pra mim já valeu a pena, aqui é muito quente e a garrafa "normal" tem durado mais que 14 dias muito raramente. 
Acredito que garrafa deve durar até o 30º dia, conforme estava comentado na página em inglês que serviu de referência, inclusive já comprei gelatina para próxima.

Considerações: 

A gelatina incolor vendida em folhas é bem mais cara que a gelatina pronta, exemplo:

  • 1 folha de gelatina incolor = R$ 3.90*
  • 4 caixinhas de gelatina pronta = R$ 2.60*
Sendo que, usando a incolor, ainda teria que usar mais açúcar e a pronta já vem com metado do açúcar necessário.
É mais fácil preparar a gelatina dentro da garrafa a ter que coloca-la lá dentro depois de pronta.

Escrito por Alex Ribeiro

Doenças de Peixes e Dicas Importantes.

Saiba porque ocorrem e quais são as principais doenças dos peixes.

Assim como nós, os peixes também adoecem. A manutenção da boa qualidade da água é uma ferramenta importantíssima para a saúde e o bem estar dos peixes, pois a prevenção ainda é o melhor remédio (veja mais no Alcon News 2ª edição). A falta de cuidados com a manutenção da água do aquário normalmente é o estopim que desencadeia em doenças nos peixes, causadas por protozoários, fungos, bactérias e outros parasitas.

A rápida detecção do problema, a identificação precisa para o correto tratamento e a perseverança são as chaves para uma recuperação bem sucedida!
Acara do Congo

O condicionamento da água do aquário com Labcon Protect é muito importante para a manutenção de boas condições ambientais e a conseqüente prevenção das doenças. O produto neutraliza cloro e metais pesados, normalmente presentes nas águas de abastecimento doméstico, fornece vitamina B1, um importante agente anti-estresse que promove o bem estar dos peixes. Labcon Protect ainda preserva a integridade dos peixes pela ação do extrato de Aloe Vera e de um colóide orgânico, que formam uma película sobre o corpo, preservando o seu muco natural.
A seguir, listamos algumas das doenças mais comuns que podem acometer os peixes, bem como os tratamentos recomendados:

Doenças causadas por protozoários e outros parasitas:

Acara Jóia
Protozoários são pequenos seres formados por uma única célula. Podem apresentar duas fases no seu ciclo de vida: a forma de cistos e a forma livre-natante. Na maioria das vezes eles se manifestam quando ocorre uma queda brusca na temperatura da água. Para o tratamento de doenças causadas por protozoários e outros parasitas, recomenda-se o uso de Labcon Ictio, um parasiticida extremamente eficiente. A elevação da temperatura da água para a faixa entre 27 e 30 ºC contribui para acelerar o ciclo de vida do protozoário, diminuindo o período de encistamento e aumentando a eficácia do tratamento. Muitas vezes as manifestações de protozoários podem estar associadas a infecções causadas por fungos e bactérias oportunistas. Desta forma, quando há detecção dos mesmos, é recomendado o uso conjugado do Labcon Ictio com o Labcon Aqualife (no caso de fungos) e do Labcon Bacter (no caso de bactérias).
Ictiofitiríase – Nomes comuns: Íctio ou Doença dos Pontos Brancos.

As nadadeiras ficam mais fechadas, ocorre perda de apetite e a respiração se torna ofegante. Surgem então pequenos pontos brancos espalhados por toda a superfície do corpo e nadadeiras.
É causada pelo protozoário Ichthyophthyrius multifiliis, que normalmente se manifesta quando os peixes são submetidos a quedas bruscas de temperatura. No estágio inicial da infestação o peixe se esfrega no fundo e nos objetos de decoração do aquário.
Cacatuoides
Os pontinhos brancos são na verdade a fase cística e a forma mais resistente do protozoário. Depois do período de amadurecimento, o cistos se desprendem do peixe e vão para o fundo do aquário. Eles então eclodem e liberam novos protozoários infestantes que irão se fixar novamente no peixe, até amadurecerem e fechar o ciclo. O tratamento da doença consiste em combater os protozoários na forma livre, que é a forma menos resistente. Isto é conseguido com a aplicação do medicamento na água do aquário.
Oodiniose Nome comum: Doença do Veludo.

Causada pelo protozoário Oodinium pilullaris. Este protozoário também costuma se manifestar quando ocorrem quedas bruscas de temperatura. Falta de apetite, emagrecimento, respiração ofegante, perda de equilíbrio e numerosos pontinhos dourados conferindo ao peixe uma aparência aveludada, são os principais sintomas desta doença. Ela é muito contagiosa e espalha-se rapidamente no aquário. Seu ciclo de vida é semelhante ao do protozoário causador do Íctio. É comum constatar sintomas de asfixia nos peixes infectados. Deve-se associar Labcon Ictio e Labcon Aqualife no tratamento.

Costiose Nome comum: Costia.

Macmasteri
Pode ser causada pelos protozoários Ichthyobodo sp. (Costia sp.), Chilodonella sp., Cylochaeta sp. e Brooklynella sp. entre outros. Os peixes apresentam o corpo com aspecto esbranquiçado ou nebuloso, falta de apetite e presença de ramificações vermelhas nas nadadeiras. Deve-se associar Labcon Ictio e Labcon Aqualife no tratamento.

Olhos Embaçados ou Dactylogirose

Causada pelos trematodos monogenéticos Dactylogirus sp. e Gyrodactylus sp. Os peixes apresentam os olhos cobertos com uma espécie de névoa, inchaço das brânquias, respiração ofegante, falta de apetite e outros sintomas associados às infecções por fungos ou bactérias. Deve-se associar Labcon Ictio Labcon Aqualife no tratamento.

Doenças causadas por bactérias:

                                                    Olhos Inchados (Pop-eye)
Boesemani

No aquário, possuímos dois grupos de bactérias: as benéficas (encontradas no filtro biológico) e as maléficas que causam danos aos peixes. Estas podem se manifestar quando peixe passa por situações de estresse, que diminuem sua capacidade imunológica e a produção do muco protetor que recobre as escamas. Quando isto acontece, um ou vários tipos de bactérias podem atacar os peixes ao mesmo tempo. O tratamento consiste na aplicação do Labcon Bacter, um excelente bactericida de largo espectro. Muitas vezes, porém, as infecções bacterianas podem estar acompanhadas por fungos ou protozoários, sendo que nestes casos o uso conjugado do Labcon Aqualife auxilia no tratamento.
Os olhos apresentam-se inchados e com o aspecto “saltado”. Os peixes com olhos inchados podem ainda apresentar a barriga inchada e as nadadeiras roídas.

Manifesta-se quando ocorre uma infecção bacteriana que provoca a paralisia dos órgãos internos dos peixes, provocando o aumento do volume ventral, bem como o eriçamento das escamas.

Lacustre

Hidropsia

Tuberculose ou Barriga Seca

Também associada à queda na qualidade da água. O peixe torna-se magro, com o ventre retraído. Pode haver perda de escamas, descoloração do peixe e destruição das nadadeiras.

Buracos na Cabeça (Hole-in-head)

Conhecida também como doença dos Ciclídeos. Sintoma ligado ao protozoário Hexamita sp. e possivelmente a bactérias. Ocorre abertura de feridas no peixe que acabam tornando-se verdadeiros buracos. Podem ocorrer outros sintomas associados às doenças causadas por bactérias, como hidropsia.

Resultante de infecção bacteriana generalizada, a septicemia provoca o surgimento de vasinhos sanguíneos dilatados na base das nadadeiras e ao redor dos olhos. As nadadeiras mostram-se roídas e desbotadas. Em casos avançados, pode causar a perda das nadadeiras.
Septicemia
Arco Iris Listrado
Fungo na Boca (Cotton mouth)

Apesar do nome, normalmente é causada pela ação da bactéria Flexibacter columnaris. possuí como característica a presença de pequenos filamentos ou tufos de algodão formando uma grossa camada ao redor da boca. É comum a ocorrência simultânea de fungos.

Doenças causadas por fungos:

Para o tratamento de doenças causadas por fungos utiliza-se Labcon Aqualife. Se os fungos estiverem acompanhados por bactérias ou protozoários, recomenda-se o uso conjugado do Labcon Bacter e do Labcon Ictio respectivamente.
Possuem como característica o surgimento de estruturas presas aos peixes semelhantes a tufos de algodão. São consideradas doenças oportunistas que se manifestam quando ocorre uma queda na qualidade da água, responsável pela queda no sistema imunológico dos peixes, tornando-os suscetíveis à doença.

Doença do algodão ou Saprolegniose

Causada principalmente pelos fungos Saprolegnia sp., Achlya sp. e Ichthyosporidium sp.. O peixe apresenta tufos semelhantes a algodão na superfície do corpo ou nadadeiras. Muitas vezes pode haver perda de escamas.


Analise e Controle


Variáveis a serem analizadas e controladas


pH

Borboleta Prateada
O valor de pH indica o grau de acidez ou alcalinidade da água e sua variação atua sobre o metabolismo e processos fisiológicos dos peixes. O pH é quantificado em uma escala numérica que vai do 0 ao 14. Valores abaixo de 7,0 indicam pH ácido e valores maiores que 7,0 indicam água alcalina.Quando há um equilíbrio entre as substâncias ácidas e alcalinas tem-se pH neutro (7,0). A exigência dos peixes por determinado pH varia bastante, especialmente em função do local de procedência da espécie. A maioria das espécies de peixe adapta-se bem a uma água com pH próximo do neutro, entre 6,8 e 7,2. Esta faixa deve ser mantida em aquários comunitários, com peixes de diferentes preferências.
Deve-se verificar o pH pelo menos uma vez por semana, com o uso de um medidor de Ph, encontrado em qualquer loja de aquarismo, e, em caso de necessidade, fazer as correções. Em aquários recém montados ou no qual tenha se procedido troca parcial de água, o monitoramento do pH deve ser inicialmente diário, diminuindo a frequência gradativamente até chegar na verificação semanal.
Qualquer correção de pH deve ser feita de forma gradativa. Uma mudança brusca pode ocasionar um choque químico e causar sérios problemas aos peixes. Deve-se diluir bem os corretivos antes de fazer a aplicação no aquário.                                                                Amônia e Nitrito
Borboleta Africano
A matéria orgânica acumulada no aquário, resultante de restos de comida, dejetos dos peixes e plantas mortas, começa a ser decomposta por ação de bactérias e fungos presentes no filtro, formando a amônia (NH3 / NH4+), composto tóxico para os peixes. A decomposição continua, onde a amônia, por ação das bactérias do gênero Nitrosomonas, é oxidada a nitrito (NO2-), também tóxico. Seguindo o ciclo, as bactérias do gênero Nitrobacter oxidam o nitrito a nitrato (NO3), relativamente bem menos tóxico que seus precursores e que é utilizado como nutriente por algas e plantas, fechando o ciclo.
O problema é que em muitos casos não se consegue um perfeito equilíbrio biológico no aquário, resultando em teores elevados destes compostos tóxicos aos peixes. Níveis elevados de amônia causam estresse aos peixes, além de danos nas guelras, destruição das nadadeiras, aumento da susceptibilidade a doenças e até a morte. O nitrito age sobre a respiração, podendo matar o peixe por asfixia.
Botia Palhaça
Para monitorar a concentração destes compostos. Em aquários em que os peixes estejam apresentando problemas de doenças ou mortalidade, a frequência dos testes deve ser aumentada. Quando teores elevados forem detectados, deve-se verificar a eficiência da filtragem e eventualmente promover sifonagens e trocas parciais de água. Também é preciso avaliar a possibilidade de excesso de alimentação ou população de peixes acima da recomendada.
Níveis elevados de nitrito não significam, necessariamente, níveis elevados de seu precursor amônia. Daí a necessidade do monitoramento das duas variáveis.

Oxigênio Dissolvido

Chilodus
Além da importância vital do oxigênio dissolvido na água do aquário, para a respiração e consequente sobrevivência dos peixes, este gás exerce outra função fundamental no equilíbrio do aquário, que é permitir a ação das bactérias aeróbicas responsáveis pela decomposição da matéria orgânica e funcionamento do ciclo do nitrogênio.
O monitoramento do teor de oxigênio dissolvido é fundamental para se evitar surpresas desagradáveis. Mesmo em aquários equipados com oxigenadores, podem ocorrer níveis abaixo do recomendado, principalmente em aquários com filtragem insuficiente, com excesso de peixes ou que estejam muito tempo sem uma limpeza total ou sifonagem de fundo.
A verificação dos níveis de oxigênio dissolvido é facilmente conseguida com alguns produtos de teste. Em aquários bem equilibrados o teste deve ser realizado semanalmente para monitorar uma possível tendência de queda dos níveis deste gás. Já em aquários pré-dispostos a níveis baixos, como os citados anteriormente, o acompanhamento deve ser mais frequente, conforme o comportamento dos peixes.
Coridora Leopardo
Quando forem detectados níveis baixos de oxigênio dissolvido, deve-se verificar a eficiência da filtragem e oxigenação e eventualmente realizar sifonagem de fundo com troca parcial de água. Em casos extremos, quando os peixes já estiverem abocanhando ar na superfície da água, uma troca emergencial de água deve ser realizada.

Dureza Total e Dureza em Carbonatos

A Dureza Total da água (GH) é determinada pela concentração de diversos sais, principalmente sais de cálcio e magnésio. Quanto maior a concentração destes sais diz-se que a água é mais “dura”. Uma concentração baixa indica uma água menos “dura” ou mais “branda”. A dureza da água influencia uma série de funções orgânicas dos peixes e é determinada com o uso de alguns teste. Apesar de normalmente flexíveis quanto aos valores de dureza da água, algumas espécies apresentam certa exigência, principalmente para determinadas funções, como a reprodução. O teste de dureza total deve ser feito sempre na montagem ou quando for realizada troca de água do aquário. Durante a manutenção pode ser realizado a cada duas semanas. A maioria dos peixes ornamentais preferem água dita branda. Quando valores dos testes indicarem água com dureza muito distante do valor desejado, pode-se trocar parte dela por outra água com inverso valor de dureza.
Dojo
A Dureza em Carbonatos (KH) indica a concentração de carbonatos e bicarbonatos de cálcio e magnésio dissolvidos na água. Esta variável está intimamente relacionada ao pH, pois indica a capacidade tampão da água, ou seja, a maior ou menor resistência em alterar o pH. Para determinar a dureza em carbonatos, usa-se o LabconTest Dureza em Carbonatos KH. A frequência de realização dos testes pode ser a mesma indicada para a dureza total. Em aquários com tendência em alterar muito o pH, o monitoramento deve ser mais frequente.
A avaliação da dureza em carbonatos também adquire importância para determinação da concentração de gás carbônico (CO2) na água do aquário. Conforme tabela constante na bula do LabconTest Dureza em Carbonatos KH, a concentração de CO2 é obtida cruzando na tabela valores de pH e KH. A avaliação da concentração de CO2 é importante principalmente em aquários onde se busca um bom desenvolvimento de plantas, já que as plantas utilizam o CO2 como principal fonte de carbono para seu desenvolvimento. Esta variável também irá indicar uma possível tendência em desenvolvimento exagerado de algas no aquário.

25 Dicas de Como Cuidar do Aquário


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1.Distribua a iluminação uniformemente por todo tanque.
2.Geralmente a água da torneira é muito alcalina para os peixes.
3.Faça vários esconderijos para peixes “tímidos”.
4.Esconda o aquecedor debaixo do cascalho.
5.Caramujos ajudam na limpeza do aquário, mas tome cuidado com superpopulação.
6.Alimente os peixes antes de desligar a luz, diminuindo o risco dos peixes maiores se alimentarem dos menores.
7.Após ligar a iluminação, espere 10 minutos para alimentar os peixes.
8.Peixes de cardume, vivem bem em cardume (mínimo de 5).
9.Tenha sempre peixes “faxineiros” no aquário.
10.Conchas não combinam no aquário de água doce.
11.Alimente seus peixes com ostras. Deixe no máximo por 24 h.
12.Prefira bombas submersas, além de silenciosas, são mais eficientes.
[a.jpg]13.Peixes de fundo como Corridora e Cascudo também merecem ração, adquira rações especiais.
14.Tenha sempre 2 ou mais rações diferentes para oferecer.
15.O Betta pode conviver com outros peixes desde que não tenha outro macho, já as fêmeas não tem problema. Evite aquário alto para não “afogar” o peixe.
16.Não coloque enfeites que não seja natural. (É quase uma dica essencial!).
17.Além do filtro biológico tenha também filtro mecânico e químico.
18.Tenha sempre equipamentos sobressalentes como termômetro, aquecedor e remédios.
19.Fígado e coração são excelentes alimentos, porém sujam a água.
20.Coloque folha alface na água, os peixes herbívoros adoram.
21.Lâmpadas incandescentes esquentam a água, tome cuidado!
22.Para tanques de água ácida use somente cascalho de rio, já de água alcalina misture cascalho de calcário
[a.jpg]23.Para aquários tropicais use 25cmpor 1cm de peixe, isto é, multiplique o comprimento pela largura do tanque e divida o resultado por 25. Ex.: O aquário de 1000cm2 comporta 40cm de peixe.
24.Para aquários de água doce fria use 75cmpor 1cm de peixe, isto é, multiplique o comprimento pela largura do tanque e divida o resultado por 75. Ex.: O aquário de 1000cm2 comporta 13,3cm de peixe.
25.Água esverdeada significa excesso de luz.

Que Agua Usar no Aquario


Acara Severo
A preocupação com a qualidade da água começa já na hora da montagem ou troca de água do aquário. Nesta hora é comum o aquarista perguntar: Que água devo usar no aquário? Esta dúvida é compreensível, pois muitas vezes tem-se ao alcance diferentes fontes de água, cada uma delas com alguma característica positiva. Pelo fato da água de abastecimento doméstico ser tratada com cloro, que é uma substância tóxica para os peixes, tende-se muitas vezes a procurar substituí-la por outras fontes alternativas, como água de poço, água mineral ou até água de chuva. Esta busca por fontes alternativas é totalmente dispensável, visto que a água da torneira costuma apresentar variáveis como pH e dureza, em níveis bastante próximos dos desejáveis para a aquariofilia. A presença de cloro na água de torneira é facilmente contornável, de forma econômica e eficiente, com aplicação de inativadores de cloro. Já as águas de poço ou mineral, por exemplo, costumam apresentar as mesmas variáveis citadas, em níveis bastante distantes dos esperados para o uso em aquários. A correção destas variáveis torna-se muito mais trabalhosa e onerosa em comparação à eliminação do cloro em água de torneira. Antes de utilizar a água de torneira, deve-se testá-la para confirmar a presença de cloro. Para esta verificação, utiliza-se o Labcon Cloro Test, que indica a presença ou não de cloro na água. Caso o teste indique a presença de cloro, este pode ser eliminado de forma fácil e eficiente com a aplicação de Labcon Anticlor. 
Anóstomo
 Para um tratamento mais eficaz e abrangente, independente da procedência da água utilizada na montagem, deve-se fazer uso do Labcon Protect (breve lançamento). Este produto atua na otimização da qualidade da água a ser habitada pelos peixes, pois, além de eliminar o cloro, também neutraliza resíduos das tubulações, como os metais pesados, e atua ainda como uma verdadeira capa de proteção para os peixes. Seus componentes protegem o corpo dos peixes de eventuais alterações na qualidade da água e de possíveis efeitos danosos quando os peixes são submetidos a algum estresse, como durante o transporte.Logo após a montagem ou troca parcial de água do aquário, é comum a água apresentar-se turva, pela movimentação das pequenas partículas presentes no substrato ou mesmo pelo fato da água de abastecimento 
Aruanã

Fonte:http://www.labcon.com.br/jornal_alcon/n003/pag08.htm