Como Eclodir Artêmias

Tutorial - Como Eclodir Artêmias

Adiante, segue um tutorial completo (com fotos) de como eclodir Artêmias, materiais necessários, dos
es e todas as dicas para se ter a melhor produção possivel, inclusive o congelamento dos Náuplios, 
que é como se chama as artêmias qdo estão recem eclodidas.

Materiais e ingredientes necessários
Uma garrafa pet de refrigerante de 2L ou mais.

Corte a garrafa na altura de onde termina a faixa do rótulo da marca do refrigerante.
Consiga uma tampa para a câmara de eclosão (inventei agora esse nome, hehehehehe), que pode ser a
tampa de recipiente de 500 gramas de manteiga vendida a granel em supermercados, ou qualquer outra, 
desde que consiga vedar a câmara de eclosão (gostei do nome, heheheheh). Faça um furo pequeno na 
tampa, somente para a passagem da mangueirinha para a câmara, vide abaixo:
Bem, a câmara (fiquei fã do nome,heheheheh) está pronta. Precisamos agora do restante dos materiais 
assim como dos ingredientes para o preparo.
Os materiais serão: uma mangueirinha do tamanho adequado para ser aclopado no compressor e uma 
pequena pedra porosa que caiba no gargalo da garrafa utilizada para a confecção da câmara.
Já os ingredientes serão: o sal grosso, bicarbonato de sódio e os cistos de artêmia para eclosão.

Vide o conjunto:
Montagem dos materiais e a aplicação dos ingredientes

A montagem começa com a junção da mangueirinha com a pedra porosa sendo em seguida colocada na 
câmara, posicionando a pedra porosa exatamente no bocal da garrafa, vejam:
Em seguinda coloca-se o sal grosso, uma colher cheia e mais uma rasa, observem na foto que o sal deve 
cobrir a pedra porosa presa a ponta da mangueirinha, pois assim qdo se ligar o compressor o sal vai se 
dissolver mais rapidamente.
Agora vamos acrescentar a água que deve encher a câmara, deixando uma margem de mais ou menos 
um dedo e meio para a borda, conforme foto:
Coloca-se então a tampa e se quiserem um peso sobre ela, pois as vezes a mangueirinha ao ser ligada 
pode subir. É preciso que a mangueira com a pedra fiquem sempre no bocal para que a movimentação da 
água seja eficiente para oxigenar os cistos para eclosão.
Para iniciar o processo liga-se a mangueira ao compressor. O conjunto pode ficar próxima a luz natural, 
pois com a luz o processo acelera-se, no meu caso ponho na janela como pode ser visto:
Quando se dissolver o sal, acrescenta-se o bicarbonato de sódio, vejam pela foto que é somente uma 
pitada, como se salga um ovo na frigideira. O bicarbonato é necessário para que a água fique alcalina e 
a porção é suficiente para alcalizar um litro de água, que é mais ou menos o volume que a câmara 
comporta se usando uma garrafa pet de 2,5 lts.
Finalmente acrescenta-se o cisto, percebam que a quantidade também é pequena, eu uso aquelas 
colherzinhas de sorvete, vejam:
E assim deixaremos o conjunto funcionando:
Não deixem de observar pela foto a importância da tampa, pois as bolhas formadas pela pedra porosa ao 
chegar na superfície irão se espalhar e molhar tudo que estiver perto e lembrem-se é água salgada, 
portanto enferruja metais, já tive de mandar lixar e pintar a estante onde tenho meus aquarios por conta 
do estrago que a água salgada fez na estante de ferro, mesmo usando essas tampas, então todo cuidado 
é pouco.
Observem a figura abaixo, que foi tirada depois de 24 horas da fase anterior, onde montamos os materiais 
e ingredientes, reparem a nuvem acima e em baixo de cor avermelhada, são exatamente os náuplios 
recem eclodidos. Essa é a fase de maior concentração de proteínas das artêmias, chegando a 65% de 
proteína pura. O oferecimento dessa cultura de 24 horas à alevinos da maioria das espécies vai ser 
determinante da primeira até aproximadamente a 4ª semana de vida. Se forem alimentados com os 
náuplios, e demais cuidados que a espécie requer provavelmente alcançaram a fase adulta na melhor 
condição possível, isso é determinante para muitas espécies, como Guppies e Bettas.

Para realizarmos a coleta precisaremos de materiais suplementares que podem ser diversos. 
Eu uso um recipiente de 1 litro com 200 ml ou mais de água doce e uma pipeta de plástico como na figura. 
Podem ser usados outros materiais como seringas, mangueirinhas, etc. Tudo que auxilie a coleta dos 
náuplios que se concentrarão no fundo, a maioria. Porém alguns ficam em suspensão.
Usa-se a pipeta como mostrado, colocando-a bem no fundo da Câmara. Uma observação importante aqui é 
que alguns tipos de cistos de artêmia afundam outros não. O que eu uso, que não sei a marca, pois existem 
muitas, não afundam e isso facilita muito, pois você pode encostar a pipeta no fundo e aspirar que só virá 
náuplios nela, porém já utilizei tipos em que os cistos eclodidos (cascas) afundavam junto com os náuplios 
recém eclodidos, dificultando a coleta, pois não se podia ir até o fundo com a pipeta para recolhe-los, 
os náuplios ficavam um pouco acima das cascas que ficavam bem no fundo. Os que eu uso são fornecidos 
pelo meu amigo Agostinho Monteiro. Então quem usa tipos de náuplios em que os cistos afundam devem 
tomar cuidado na aspiração. Mesmo se pegar um pouco de cascas não tem problema o que ocorre é que 
o aqua fica cheio daquelas bolinhas marrons ficando um visual feio.
Com a pipeta cheia, joga-se o conteúdo da pipeta no recipiente com água doce para tirar um pouco do 
sal e também para separar os náuplios, porque em uma pequena aspiração da pipeta, apesar de não 
aparecer, se tem milhares de náuplios e mesmo em pequena quantidade é suficiente para alimentar 
muitos peixes. Lembrem-se que não devemos dar para que os peixes fiquem cheios, até porque isso 
seria difícil, mas sim é um complemento alimentar rico em proteína pura, é para manter saudável os seus 
peixes. E interessante uma dica de que 15 minutos antes das artêmias se pode dar um pouquinho de 
ração aos peixes, isso porque a ração provê fezes mais consistentes do que a comida viva, então para 
se evitar fezes muito liquefeitas pode-se usar esse artifício.

Os náuplios em água doce vivem durante algumas horas, porém quanto mais passar o tempo depois da 
eclosão mais proteínas os náuplios perdem, então devemos oferecer logo que procedermos a coleta. 
Caso você já tenha oferecido a todos os seus peixes e ainda tenha muitos náuplios, o que sempre acontece, 
você poderá então em vez de esperar mais um dia você poderá congela-los e poderá aproveitá-los sem perder 
as suas proteínas, pois o congelamento não afetará o aproveitamento protéico dos náuplios. 
O congelamento é simples e pode ser feito com os náuplios do estágio anterior, simplesmente recolhendo 
eles com a pipeta e despejando-se em uma cuba de gelo. Depois de congelados pode-se recolhê-los da 
forma e guardar em outro recipiente e deixar a forma livre para a próxima coleta.
Os náuplios na forma de gelo.
l
Os blocos de gelo prontos e armazenados em um recipiente.
Depois é só colocar uma pedra de gelo dessas no aquário que ela ficará boiando e soltando aos poucos 
os náuplios congelados, simples e muito útil quado você viaja, pois você poderá facilmente orientar as 
pessoas a colocar uma pedrinha de gelo no aquário, assim não se corre o risco de se colocar muita comida 
e poluir o aquário. Eu mesmo faço isso quado tenho que viajar mais de 3 dias e funciona muito bem.

Aproveitamento Total

Seguindo sempre cronologicamente fomos até o momento de coleta e congelamento dos náuplios de 24 horas, 
porém eles se não coletados ainda sobrevivem cerca de mais, no máximo, 48 horas, além de nesse período 
sempre ter a eclosão de alguns cistos que não eclodiram em 24 horas. Existem também, como já disse antes, 
alguns tipos de cistos que não eclodem em 24 horas e sim em 48 horas e alguns em até 3 dias.
Pois bem, após tudo o que vimos no capítulo passado sempre sobrará alguma coisa e sempre é bom 
aproveitarmos tudo o que for possível em se tratando de comida viva e principalmente náuplios que é 
unanimidade que se trata de um dos melhores alimentos existentes para peixes ornamentais.
Vejam na imagem que após 48 horas ainda existem na câmara de eclosão visualmente alguns náuplios. 
Parecem alguns, porém são milhares e mesmo parecendo pouco não devemos desperdiçar.
Sendo assim vamos coletar esses restantes. Porém usar a maneira anterior não seria muito adequada, 
pois restam uma quantidade que mesmo grande está dispersa pela câmara e ficaria inviável coletar tudo 
com a pipeta ou algo parecido, então teremos que fazer a coleta de outra forma, mais otimizada e de tal 
forma que podemos coletar tudo, sem sobrar nada, pois os náuplios já estão quase sem proteínas para 
consumir e ao final de 3 dias eles morrerão sem alimento. Vamos usar os seguintes materiais: 
uma mangueirinha ( que pode ser a própria usada para eclosão, retirada a pedra porosa da ponta) e um 
pano bem fino (aqui aparece a famosa cueca velha que o Dylan se referiu no início do tópico, heheheheh). 
Vide imagem:
A coleta é simples e usa-se o pano fino para coar a água retirada da câmara de eclosão até que toda a 
água tenha sido drenada, tomando-se o cuidado para interromper o fluxo antes de se chegar as cascas 
dos cistos eclodidos que ficam boiando na superfície da câmara.

Drenado tudo que for possível observa-se no pano que muitos náuplios ainda restavam e que podemos 
aproveitar para dar aos peixes diretamente ou mesmo se desejado realizar o congelamento.
Ao final para retirar do pano os náuplios vira-se o pano do avesso no recipiente já vazio (joga-se a água 
drenada que é muito salgada) e faz-se circular água doce sobre o pano para que os náuplios presos se 
soltem na água doce. Com os náuplios coletados no recipiente se faz o processo anterior de coleta para 
oferecer aos peixes ou mesmo para se congelar.

Uma opção nesse momento, da coleta final, poderia ser a formação de uma colônia de artêmias para se 
chegar a fase adulta e poder fornecer aos peixes maiores, não que não se possa oferecer os náuplios, 
porém as adultas são extremamente apreciadas por várias espécies além de ser possível variarmos a 
alimentação dos peixes.
Bem a manutenção de artêmias adultas, segundo lê-se em vários sites na internet requer algumas 
condições próprias que às vezes não compensa a muitos criadores, porém vou passar aquilo que observei 
para poder manter a minha.
Primeiramente, o ambiente precisa de luz natural, não precisa sol direto, mas muita claridade. Minha 
cultura se encontra na sacada do prédio onde moro pegando toda a claridade do dia, sem pegar chuva 
e sol direto. Segundo conversei com alguns criadores a chuva direta atrapalha a produção das artêmias.
Muito oxigênio é necessário para a manutenção das artêmias e o que a maioria usa é água verde que 
contém muitas algas que pela natureza relaizam a fotossíntese e liberam oxigênio.
Água salgada e muito alcalina
E alimentação adequada, que pode ser extremamente variada desde ração esfarelada, moído de cereais, 
levedura de cerveja e o que eu uso Fermento Biológico.
Como começei? Consegui uma porção de artêmias já adultas e jovens que coloquei em um recipiente de 
5 litros e mais as sobras da eclosão, mais precisamente em um aquaterrário desses vendidos em lojas 
de aquarismo e pet shops. Coloquei a própria água da cultura e fui acrescentando dia a dia mais água 
tratada, ou seja, salgada e alcalinizada até a capacidade de 5 litros
Manutenção: trocas parciais de água de 20% (1 litro) toda semana com leve sifonagem do fundo, pois 
cria-se muito musgo devido as algas verdes que devem aparecer com a presença da luz natural. A água 
que uso para a substituição é sempre retirada de um dos meus aquários, pois já possui biologia, essa 
dica eu que achei melhor usar, não li em lugar nenhum isso, experimentei e deu certo. Água já ciclada, 
pois as artêmias não deixam de ser um crustáceo e já aprendemos que toda a vida aquática para 
sobreviver precisa das bactérias nitrificantes. Nesta água ciclada coloco a quantidade de sal 
(uma colher e meia de sal grosso) mais uma pitada de bicarbonato de sódio para alcalinizar a mesma.
Alimentação: mais ou menos de 2 em dois dias uma pequena porção de fermento biológico 
(uma porção igual aquela da foto em que se coloca o bicarbonato de sódio na câmara de eclosão).
De vez em quando, de mês em mês aquiro uma pequena porção de artêmias adultas e misturo na cultura 
para manter a quantidade, pois como ofereço pelo menos uma vez por semana aos meus peixes, 
os nascimentos não são suficientes para o pequeno recipiente que mantenho elas. Os grande criadores 
as mantem em tanques grandes para ter grande quantidade. Eu tenho o suficiente para oferecer 
semanalmente somente.
Uma coisa muito útil que as artêmias tem como característica é o fato de serem animais que absorvem 
as substâncias suspensas na água em que se alimentam. Muitos criadores as usam para que elas 
absorvam remédios e vitaminas e depois as oferecem a seus peixes. Isso aprendi com alguns criadores, 
por exemplo, algumas criações de peixes apresentam parasitas intestinais que levam os peixes a morte. 
Os criadores ministram os remédios diretamente na água das artêmias horas antes de oferecerem 
elas a seus peixes, pois a artêmia se alimenta filtrando a água e absorvendo seus ingredientes. 
O oferecimento de remédios diretamente ingeridos pelos peixes é infinitamente mais eficaz do que aqueles 
ministrados diretamente na água, pois estes são eficazes contra as bactérias que estão no ambiente, 
mas as que estão incubadas nos peixes ficam livres da ação dos remédios, porém com a utilização dessa 
característica das artêmias de absorverem substâncias esse problema foi resolvido.
Acho que é isso, qualquer dúvida estamos a disposição.

Autor: Marcelo Paredes



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